O Chalé

por **Afrodite** Sex Jul 01, 2011 8:02 pm

Por fora

O Chalé 10 é de cor rosa pastel, com vários canteiros de rosas das mais variadas cores se aninhando nas paredes, exalando um perfume suave e adocicado ao redor. As janelas são decorados com cristais pendendo delas.

Por dentro

Por dentro cada filho ou filha poderá possuir uma cama e um baú que assim que o proclamar seu, irá surgir com o seu nome gravado em letras cursivas e com suavidade. Cada um poderá decorar sua parte da parede como desejar, podendo por os posteres ou apetrechos que desejar.

Mensagem aos meus filhos

Ao abrir o baú reservado para cada filho, irá encontrar um seguinte bilhete, escrito pela própria deusa:

por **Christopher Bourbon** Dom Jul 03, 2011 1:06 pm

Eu gostaria de dizer que minha primeira impressão do Chalé fora incrível, que eu havia me identificado totalmente com ele e que era perfeito, mas bem, para ser sincero, a primeira coisa que me veio a cabeça foi... Bem... Pra não dizer outra coisa... Seria “homossexual”. Até que as flores em volta do Chalé eram legais, me inspiravam a escrever versos, acho que peguei a mania de meu pai...

Adentrei o Chalé com minha mochila em ombros, igualmente a parte de fora, parecia uma casa de bonecas gigante. Não havia ninguém dentro no momento, por isso, escolhi a cama mais perto da janela possível, onde o cheiro adocicado era mais fraco. Resolvi desfazer as malas, despejei as roupas da mochila em cima da cama e abri o baú aos pés desta, onde percebi estar escrito um bilhete. Mal pude reprimir o sorriso ao lê-lo, percebi que eu já havia perdoado minha mãe por abandonar meu pai e a mim, com isso em mente, guardei minhas coisas ali dentro, me jogando em cima da cama ao acabar. Ela era extremamente confortável, me possibilitava pensar em como eu decoraria minha parte do Chalé. Meu primeiro pensamento foi em pôsteres de mulheres seminuas, mas acho que não seria muito adequado, quer dizer, provavelmente haveriam garotas no Chalé e com certeza elas não aprovariam isso. Então uma idéia me veio à cabeça, peguei um bloco de notas que sempre carregava comigo e uma caneta, em alguns dias, as paredes perto de minha cama estariam cheias de versos. Entretido, me pus a escrever.

por **Sammy Colin Parker** Seg Jul 04, 2011 9:59 am

Sam não sabia o que sentir em relação à decoração de seu Chalé. Lembrava mãe o quarto de Angelina, e ele não queria lembrar disso, mas se sentia bem em ter algo familiar. As flores lhe trazia uma paz interior, algo que o semideus raramente sentia, pois sempre estava em conflito consigo mesmo. Ele olhava para os lados, era tudo muito feminino, ele não se sentia bem, até por que não gosta muito de tons claros e era o que mais havia no lugar.

O garoto adentrou o local. Ainda esperava que fosse menos feminino que o lado de fora, mas se surpreendera, pois era muito mais. Algumas camas estavam totalmente decoradas de rosa pink, e em algumas haviam pôsteres de ídolos do pessoal que já estava ali. Sam olha para os lados e vê que há uma cama vaga, o garoto se direciona à mesma e em seguida senta. Era bem confortável, ele viu que havia espaço na parede. Um bilhete chamara a atenção de Sammy. Ele pegou e começou à ler.

Depois de alguns minutos ele terminou de ler o bilhete, mas em sua face não havia nenhuma expressão. Ele apenas deixou o bilhete onde encontrara e voltou para a sua cama. - Você agora é minha. - Incrível como automaticamente o baú ganhou as letras do nome do garoto. Ele não demonstrou nenhuma surpresa. Pegou um pergaminho e uma pena de tinta, apenas um presente que ganhara da madrasta, mas que adorara. Em seguida começou à escrever.

Irmãos,
desejo que vocês...
Não tenham medo da vida, tenham medo de não vivê-la.
Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes.
Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo.
Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la.
Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência.
Sejam sonhadores, mas una seus sonhos com disciplina,
Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas.
Seja debatedores de idéias. Lutem pelo que vocês amam.

Depois que terminou de escrever, Sam pegou o pergaminho e colocou em seu canto da parede. Ela achava que ninguém ia ler, mas não deu importância, ele havia feito a parte dele e sentia que a cada dia, teria algo novo para escrever, pois desde que descobriu que era um semideus, muitas aventuras surgiram em sua vida. O garoto deitou na cama e colocou as mãos atrás da nuca, tinha muito o que pensar e sabia que tempo era algo que não ia faltar.

por **Christopher Bourbon** Seg Jul 18, 2011 10:47 am

Já tinha algum tempo em que eu residia no Chalé de Afrodite, tenho que admitir que eu já estava acostumado com a decoração um tanto feminina e já não ligava mais para as constantes implicâncias quanto isso. Eu já havia atingido certa paz interior quando a questão de ser um semi-deus, os primeiros dias foram chocantes, porém agora já era uma espécie de diversão. Era bem legal aprender a lutar com espadas, matar monstros e descobrir que éramos fluentes numa língua perdida.
Claro que eu sentia falta da minha vida antiga, eu amava meu pai, tínhamos um casarão bem confortável, festas todas as noites, conseqüentemente, meninas todas as noites... Era realmente uma ótima vida, só que ela não era perfeita. Eu não tinha mãe, ou melhor, eu não conhecia minha mãe, isso deixava um vazio enorme eu meu peito. Hoje em dia, eu sei que é minha mãe, tenho certo orgulho de ser filho da deusa do Amor, porém eu nunca havia encontrado, não tinha recebido nenhum abraço ou beijo de boa noite, isso realmente me deixava chateado e um pouco rancoroso.
Tentei me livrar desses pensamentos ruins e me deixei cair em cima de minha cama, com a cara em cima do travesseiro. Eu não tive muito tempo para pensar desde que cheguei ao Acampamento, agora que tive a oportunidade, percebi como uma mãe fazia falta, eu teria gostado de ter me encontrado com ela, pelo menos uma vez.

por **Afrodite** Seg Jul 18, 2011 11:01 am

Não havia dúvidas que meu chalé estava ficando cheio novamente, e aquele amontoado de filhos perfeitos e maravilhosos precisava certamente de um líder, ou seria mais propício a brigas e era tudo o que eu menos queria entre meus filhos. Eles que fizessem intrigas com outros campistas, mas não entre eles. Estava pensando nisso sentada em meu divã no meu templo, vindo em minha mente a face de cada filho dele e quando fechei os olhos soube onde estava cada um. O que um deus podia fazer superava a lógica do mundo e naquele momento eu estava olhando todos os meus filhos como se fosse um só, conseguindo dividir minha atenção entre todos eles. Quando tornei a abrir os olhos percebi que estava sorrindo orgulhosa, uma decisão já havia sido tomada.

Levantei do divã e em um estalo rápido havia sumido em fumaça rosada, aparecendo silenciosamente na frente do chalé. Olhei para os lados, ninguém havia notado, certamente eu estava usando a névoa dentro do próprio Acampamento para não ser notada. Estalei os dedos e meu corpo foi revestido por um belo vestido branco, longo, com um belo decote. Entrei no chalé sabendo que naquele momento estaria apenas uma pessoa lá, o meu filho que desejava falar particularmente, o eleito por mim.

Ele estava distraído, relaxando e ainda assim exalando beleza por todo os lados, era mesmo muito belo e era meu filho. Estava orgulhosa não por ele ter puxado a beleza de mim, mas por quem ele havia se tornado por completo. Sim, isso sim me deixava orgulhosa. Caminhei para perto dele sem fazer um único som, sentei em uma cama próxima da dele e cruzei as pernas, abrindo um sorriso grande enquanto falava:

-Aposto que está pensando em mim.

por **Christopher Bourbon** Seg Jul 18, 2011 7:20 pm

Eu estava quase adormecendo, absorto em pensamentos que inundavam minha mente, todos eles que se voltavam para Afrodite, como seria sua aparência, sua personalidade. Estaria satisfeita com meu trabalho? Ou gostava mais dos outros filhos? Eu queria respostas, não podia tê-las, minha mente estava nebulosa, eu já estava cedendo ao sono quando uma voz feminina preencheu o quarto.
Tenho que admitir que levei um susto, e não dos pequenos, eu quase havia caído da cama de surpresa. Me recompus, olhando para a linda moça que se encontrava sentada na cama ao lado da minha. Eu não conseguia reconhecer a cor de seus cabelos ou dos olhos, porém na maioria do tempo, os cabelos me pareciam longos e loiros, seus olhos azuis da cor do céu. Ela sorriu para mim, senti meu estômago revirar, como se eu tivesse andado de montanha-russa. Era impossível, eu tinha acabado de pensar nela, eu devia estar vendo coisas, era muito improvável que ela realmente estivesse ali. Pisquei meus olhos algumas vezes, como se quisesse me livrar de uma miragem, porém a moça não desaparecia, ela era bem real.
Eu não sabia o que dizer, pela primeira vez em minha vida eu estava sem fala, eu pude apenas balbuciar:

- M-Mãe?

por **Afrodite** Qua Jul 20, 2011 5:38 pm

A surpresa dele me fez sorri suavemente, era divertido ver a surpresa dos humanos ao me verem, mesmo que esse fosse meu filho. Estiquei a mão sem hesitar e toquei o rosto do meu filho com carinho. Porque hesitaria? O amava e como deusa do amor não tinha medo de demonstrá-lo.

-Sim, filho, estou aqui - Deixei a mão cair depois da carícia e sorri ainda mais - Como vai filho?

Talvez fosse uma pergunta abrangente demais, mas queria saber dele mesmo como ele se achava que estava. Pousei as mãos sobre o joelho enquanto aguardava a resposta.

por **Christopher Bourbon** Qui Jul 21, 2011 9:24 am

Eu não sabia o que dizer, não tinha nada na cabeça, eu só conseguia ficar olhando para ela. Ela tocou meu rosto, senti um choque passar por todo meu corpo, me acordando do temporário estupor. Eu não sabia responder a sua pergunta, simplesmente não conseguia. Eu não sabia o que eu estava sentindo, no momento minha mente parecia uma mistura de emoções, onde estava tudo embaralhado e misturado. Eu me sentia feliz e emocionado, pois minha verdadeira mãe estava bem ali na minha frente, também estava com um pouco de raiva e levemente triste, pois eu pensava nesses anos todos em que eu mal sabia de sua existência. Senti medo, pois não sabia como reagir e temia que eu a decepcionasse de alguma forma, porém eu sentia orgulho, pois Afrodite havia aparecido para mim, talvez não para os outros irmãos.
- Bem... – respondi sem pensar, corando um pouco logo após. De tantos sentimentos que rondavam minha mente, eu só conseguira responder "bem"? Eu sou mesmo um idiota, deveria estar parecendo muito patético, então fechei os olhos por um instante e assumi uma posição mais confiante.
- Quero dizer... Estou bem, mãe. Está sendo bom aqui no Acampamento, estou me sentindo feliz... Porque nunca apareceu nesse tempo todo? – Deixei escapar, fitando seus olhos com olhar de súplica. Eu sei que deveria estar parecendo sentimental e tudo, mas sempre, em toda minha vida, eu queria fazer essa pergunta para minha mãe, só porque ela era uma deusa não mudaria o fato dela ter abandonado a mim e ao meu pai.

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