~ Treinos de Arthur T. McCartney ~

Bem na entrada, havia um arco de madeira, com algumas letras escritas com o pirografo em grego. Na arena, havia vários lugares de diferentes tipos de treinamentos, uma parte da extensa arena era cheia de alvos e bonecos de palha com alvos no peito e na cabeça, outra área só havia bonecos de palhas, todos já dilacerados pelas laminas afiadas das espadas.
Em outro lugar, no coração da arena, havia uma cúpula que era a arena de verdade, cheia de campistas batalhando entre si. Fui explorando a arena para conhecer os treinamentos, tinha uma entrada muito peculiar para uma floresta, onde estava escrito “Treinamento contra Monstros”.
– Falei para mim mesmo.

Fui então, para o coração da arena, para ver os campistas batalharem, havia um aviso na entrada da cúpula “EM CASO DE MORTE, HAVERÁ PUNIÇÃO”, bom, eu não estava muito afim de matar alguém, com esse aviso, muito menos.
Sentei em uma pedra que estava no lado direito da cúpula, e fiquei analisando as batalhas, tentando ver como os campistas empunhavam a espada.
Fiquei um bom tempo ali, até que tomei coragem para enfrentar os meio-sangues que se encontravam lá.
– Perguntei eu meio receoso.
– Disse um Filho de Hermes.
– O Filho de Hermes pegou um caderno com as chaves de luta.
▬ Disse ainda o campista conferindo o caderno.
Após a conversa com o meio-sangue de Hermes, tornei a sentar na pedra onde eu havia sentado, e fiquei lá, até meu nome ser chamado.
Finalmente, após alguns minutos, a luta havia acabado e meu nome foi chamado.
▬ Anunciou um Sátiro.
Fui até o centro da cúpula, onde estava o meu oponente. Era um Filho de Deméter.
– Mais uma vez o Sátiro disse.
Saquei a minha Espada de Bronze, que na verdade era o meu único item descente, já que um martelo de forja não serviria para nada, e uma aranha de metal que não faz nada também. Coloquei o Martelo na bainha, para que eu não o perdesse.
O Filho de Deméter correu em minha direção, com sua foice e cortou verticalmente, em um ato de puro reflexo, pulei para o lado esquerdo dele e tentei ataca-lo no braço, mas o semi-deus tinha uma impressionante habilidade com a Foice.
Levantei-me e corri para longe, para que eu pudesse raciocinar. Era uma sensação muito estranha que eu sentia, mesmo nunca ter tocado em uma espada antes, eu conseguia maneja-la com um pouco de facilidade.
O Herói de Demeter fazia alguns movimentos estranhos com a mão, eu não entendi muito bem o que eram, fiquei ali parado, esperando algum momento para atacar. Ele havia parado de fazer os movimentos com as mãos e novamente veio para cima de mim, com a sua foice, investindo contra mim novamente.
Eu estava tão concentrado na batalha, que nem percebi que na verdade, os movimentos estranhos feitos pelo campista estavam criando raízes em volta dos meus pés, e ao tentar desviar do ataque feito pela foice, meus pés não se moveram. Improvisei, coloquei a Espada na minha frente, usando-a como um mais do que improvisado escudo. Infelizmente, o golpe foi tão forte que minha espada criou asas, e caiu mais ou menos a quatro metros a minha esquerda.
Me abaixei e puxei com forças as raízes, que se desprendiam, deixando os meus pés livres. Era inviável correr até a espada para buscá-la, estava muito longe e eu deveria guardar a energia para a batalha. Me afastei do meio-sangue e puxei o Martelo de Forja da bainha.
Era praticamente inútil esse martelo, mas eu estava pronto para virar fatiado de Hefesto, então, qualquer pedaço de madeira serviria se pudesse servir de arma.
Segurei bem firme o martelo com as duas mãos, inesperadamente, o martelo começou a crescer, e a se partir em dois, tomando forma de duas Espadas de Bronze Sagrado com pontas de fogo. Bom, agora minha situação havia melhorado, nunca imaginei que o martelo se transformaria em duas espadas.
Fui a toda velocidade para atacar o Filho de Demeter, que se esquivou com facilidade do golpe que eu dei, pulando para minha esquerda. Virei rapidamente para o garoto e com a Espada da esquerda, desferi um golpe diagonal, que acertou o braço esquerdo do mesmo.
O campista oponente caiu no chão, e não perdeu tempo, acertando-me um golpe na perna, que por sorte não fez um corte muito profundo. Ele simplesmente se levantou e correu, e eu tentei segui-lo, mas a dor era intensa.
Ficamos frente a frente, ele correu em minha direção e desferiu um golpe na minha vertical. Cruzei as duas espadas, parando o ataque, e joguei a Foice para trás, para desarmá-lo.
O Meio-Sangue tentou correr para pegar a foice, mas antes mesmo de ele passar por mim, passei uma rasteira no mesmo, que caiu no chão, e apontei uma das Espadas para a sua garganta.
– Anunciou o Sátiro.